quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Diversão com atitude 11-08-2208

Eu quero faturar

Há exatos 10 anos atrás, a série Arquivo X (The X-files) dominava as telinhas do mundo inteiro, mostrando os agentes Fox Mulder (David Duchovny) e Dana Scully(Gillian Anderson) e sua constante busca pela verdade sobre a questão da existência ou não de vida extra-terrestre. Para comemorar tamanho sucesso (e faturar alguns trocados) a Fox tratou de lançar uma versão do seriado para a tela grande Arquivo X – o filme (X-files: Fight the future), uma película que deveria agradar tanto quem era fã da série quanto quem nunca tinha ouvido falar. Era uma idéia bacana. Na prática, acabou não agradando ninguém, pois quem nunca tinha assistido ao programa ficou “boiando” por causa de fatos ligados à sua complexa mitologia e quem era fã ficou decepcionado pois esperava muito mais do que um bocado de cenas legais, mas sem um fio condutor decente que as juntasse de forma satisfatória.

Dez anos se passaram, o seriado terminou há seis, depois de nove temporadas de sucesso e cá estamos nós diante de um novo filme baseado na criação de Chris Carter.

Arquivo X: Eu quero Acreditar(X-files: I want to believe) é um filme feito acima de tudo para os fãs, que sentem saudades da série. Ao contrário do filme anterior, não traz uma história com começo, meio e fim, que teoricamente pode ser apreciada por qualquer um. O problema é que, sem o background da série, o espectador comum, acostumado com a carnificina de filmes como Jogos Mortais e O albergue vai achar aquilo tudo uma grande bobagem.

Há quem tenha reclamado que a série terminou com muitos mistérios mal-resolvidos, mas Arquivo X é assim mesmo. Depois que o episódio termina, muita coisa fica por conta de sua imaginação. Isso foi uma das coisas que mais me atraiu na série, essa ausência da necessidade de dar tudo mastigado ao público de graça.

Muita gente pode acreditar que o título do filme se refere à frase estampada no famoso pôster pendurado no escritório do agente Mulder (Eu quero acreditar). Estão errados. Aqui o buraco é mais embaixo e a fé de todos – principalmente de Scully é que será testada, num enredo que envolve um padre paranormal e um bando russos que seqüestra pessoas e as esquarteja por motivos misteriosos (que é claro, não serão contados aqui).

Como já mencionei, é um bom para os fãs. Os atores e seus personagens amadureceram muito desde o final da série, principalmente Scully. É interessante notar o quanto o diretor e roteirista Chris Carter parece nutrir uma preferência pela personagem, já que sua personalidade, seus medos e suas crenças são as mais bem-desenvolvidas do longa. Também há uma participação curta do diretor-assistente Skinner no final do filme que é muito empolgante – obviamente para quem é fã. O restante do pessoal não vai entender muito bem quem é aquele “careca” estranho.

A única bola fora do filme é o fato de não desenvolver melhor os dois novos agentes do FBI que convocam a ajuda de Mulder para o caso e o lamentável fim que um deles tem muito cedo, pois ainda poderia render ótimas histórias nos longas seguintes, que com certeza virão.


Veja aqui o trailer


Eles querem ser levados a sério

Parece que o horroroso Batman: O cavaleiro das trevas está realmente fazendo escola, pois que seremos invadidos por uma série de filmes de super-heróis “maduros” nos próximos anos, o que é uma pena, pois os heróis existem para divertir e para inspirar e não para nos fazer refletir sobre as mazelas de nossas existências miseráveis.

Isso não é nenhuma novidade para os fãs de quadrinhos, pois um movimento começado com Alan Moore e Frank Miller no meio da década de 1980 propunha exatamente isso: heróis mais humanos e consequentemente mais durões.

E uma das apostas para o ano que vem é exatamente Watchmen, o primeiro desta leva.

A mini-série em 12 edições mostra qual seria o real impactos dos super-heróis no mundo caso eles realmente existissem. A situação se torna tão complicada, que os vigilantes (watchmen, em inglês) são obrigados a se aposentar. Pois é, soa batido hoje em dia, mas na época era uma grande novidade. Não bastasse isso, um deles é assassinado por um de seus companheiros, para encobrir um plano maior para salvar a humanidade dela mesma, com uma explosão atômica no meio de Nova York, que parece ser impossível de se impedir. Você não leu errado. Não se assuste se você já viu isso tudo antes – os produtores do seriado Heroes adoram plagiar essa obra.

Trata-se de um grande desafio para o diretor Zack Snyder – que dirigiu o fantástico filme 300 no ano passado, também baseado numa HQ – pois a mini-série tem mais de 500 páginas, além de inúmeros apêndices contando detalhes impensáveis sobre a vida de cada herói, a tornando uma espécie de Senhor dos Anéis dos super-heróis, tamanha sua complexidade. Vamos ver como farão para encaixar tudo isso em três horas de filme.

Veja abaixo o trailer de Watchmen e tire suas próprias conclusões.


2 comentários:

RICARDO LONDE disse...

Adorei a resenha do filme Arquivo x sou fa da serie...

RICARDO LONDE disse...

O seriado é muito bem elaborado,mas o filme Arquivo x Fight The Future deixou a desejar.
Eu tinha até um jogo do seriado.
Onde vc é um agente do FBI designado para achar o paradeiro dos Agentes Fox Mulder e Scully.
O jogo era todo RPG muito bem elaborado.
Você tinha que coletar pistas interrogar pessoas e as cenas CG t levavam pra dentro do clima do seriado.